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ELEIÇÃO DE CONSELHEIROS TUTELARES OU DE CABOS ELEITORAIS PARA 2020?


Ontem, Domingo, em todo o País, houve eleição direta para conselheiros tutelares dos 5.570 municípios brasileiros.
Com a missão de prestar serviços aos Conselhos Tutelares de Crianças e Adolescentes, essas pessoas tem que se dedicar ao acompanhamento e proteção dessa parcela mais vulnerável da população, em obediência ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
Entretanto, o que se viu ontem, na maioria dos locais de votação, foi uma disputa a ferro e fogo, com envolvimento até de milícias, no caso do Rio de Janeiro, conforme destacam os noticiários.
Aqui na Paraíba, a confusão reinou em praticamente todos os municípios, com poucos locais de votação, aglomeração de eleitores e práticas e condutas irregulares na busca dos votos.
No caso de Bayeux, a interferência de vereadores e prefeito foi vergonhosa.
Diante de todos, o prefeito Berg Lima convocou secretários e ocupantes de cargos comissionados, para fazerem campanha cerrada por uma candidata de sua preferência. Foram utilizados veículos e estrutura da prefeitura na campanha e, principalmente, no dia da eleição, com a condução de eleitores, boca de urna e até compra explícita de votos, segundo diversas denúncias.
A eleição foi tumultuada, sem fiscalização.
Alguns vereadores também se engalfinharam na briga por votos para seus protegidos. A participação da comunidade foi insignificante, levando-se em conta o total de eleitores aptos a votar.
Os conselheiros tutelares ganham salários que variam entre R$ 2 a R$ 3 mil. Mas o que as eleições evidenciaram foi o empenho de alguns chefes políticos em elegerem futuros cabos eleitorais para 2020.
Uma vergonha. Espera-se que os conselheiros eleitos se dediquem à missão a eles destinada pela Legislação em Defesa das Crianças e Adolescentes e não a tentar pagar favores a seus chefes eleitorais, responsáveis maiores por seus empregos.
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