Por ordem de Fofinho, a prefeita Luciene pagou a essas três empresas das fotos, da cidade de Capim/PB, um total de R$ 13 milhões e 960 mil. A suspeita é de que tenham sido emitidas notas fiscais frias em torno de 3 milhões para os agentes políticos de Bayeux, sem o fornecimento das mercadorias para o município.
O pequeno município de Capim era distrito de Mamanguape. Tem cerca de 6.500 habitantes e recebe cerca de R$ 600 mil mensais de FPM. Claro que é pouco dinheiro para cobrir todas as despesas da cidade.
Mas tem uma família que descobriu um jeito milagroso de ganhar dinheiro. Essa família abriu 3 empresas: uma construtora, outra de material de construção e um magazine.
Com esses 3 CNPJs, a família fechou um negócio da china com a Prefeitura de Bayeux, distante uns 70 kms.
Em menos de um ano (de maio a novembro de 2022), o faturamento das três empresas (uma funciona num terreno, outra num fundo de quintal e a terceira vive fechada em pleno horário comercial) superou os R$ 10 milhões. Isso mesmo: foram R$ 10 milhões e 120 mil recebidos da rica prefeitura de Bayeux. Sendo que uma delas já havia faturado cerca de R$ 3 milhões e 500 em 2021.
A maior parte dessa grana veio do suposto fornecimento de material de construção, destinado à área da educação e da saúde. Mas também tem uma compra de R$ 200 mil de utensílios de cozinha para o Restaurante Popular. E mais de R$ 1 milhão em material de expediente (papel e outras bugigangas). Para transportar todo esse material, seriam necessárias várias carretas.
Já exigimos a apresentação das Notas Fiscais de todas essas compras. Somente assim poderemos saber o destino de tanto material de construção. Segundo técnicos da área de construção civil, os valores seriam suficientes para construir 10 unidades de saúde ou 5 UPAs de médio porte.
Informações de pessoas com fortes ligações com a gestão municipal garantem que boa parte desse valor (cerca de R$ 3 milhões) foi em Notas frias, ou seja, sem nenhum fornecimento. Após a transferência para as contas das empresas, o dinheiro era repassado para operadores da gestão de Bayeux.
Outra informação colhida na cidade de Capim é que foram vistos veículos a serviço da Prefeitura de Bayeux, transportando material. Ou seja, a prefeitura de Bayeux comprava mercadorias e tinha que gastar com o transporte. Tudo para manter o esquema criminoso que beneficiava as empresas e os gestores públicos.
Ainda em 2020, esse esquema criminoso fez a prefeitura pagar uma Nota de R$ 70 mil, onde constavam 670 sacos de cimento que nunca chegaram a Bayeux. A denúncia foi feita por uma secretária da gestão e encontra-se tramitando na Polícia Federal.
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