Independente das escolhas políticas que cada um faz, é preciso se reconhecer que no Brasil, mais uma vez teremos uma eleição para o congresso nacional de cartas marcadas. É esta certeza que podemos ter ao acompanhar o noticiário politico e vermos o resultado real da reforma política meia-boca que tivemos para esta eleição. São 2 pontos a serem apresentados de imediato:
1. Partidos receberam 1,3 bilhão para financiar campanha eleitoral: O TSE mandou cerca de R$ 1,3 bilhão do total de R$ 1,7 bilhão do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), para 22 dos 35 partidos políticos que tem direito aos recursos. O FEFC foi criado ano passado, como parte da reforma politica aprovada pelo Congresso Nacional. Os recursos estão previstos no Orçamento Geral da União e são a principal fonte de custeio das campanhas eleitorais.
2. Levantamento realizado pelo DIAP após o registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral prevê a reeleição de 75% dos deputados federais. Estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostra que 79% dos deputados federais tentarão a reeleição em outubro. Projeção da entidade aponta que 75% deles devem se reeleger. Além de emendas parlamentares, os que estão se recandidatando tem outras vantagens em relação a um novo candidato: nome e numero conhecidos, bases eleitorais consolidadas, cabos eleitorais fieis, acesso fácil aos veículos de comunicação, estrutura de campanha, com gabinete e pessoal a disposição, em Brasília e no estado. O levantamento também indica que as mudanças na legislação que reduziram o tempo de campanha de 90 para 45 dias e do período eleitoral gratuito de 45 para 35 dias são outros dos motivos para a baixa renovação da Câmara.
Logo, podemos concluir que a tão falada mudança e renovação política não irá vingar agora e que teremos um longo caminho a percorrer antes de conseguirmos mudar de forma efetiva o Brasil. Nenhum presidente sozinho conseguira mudar esta estrutura carcomida e viciada, será mais um refém a vender sonhos e entregar pesadelos, infelizmente. A mudança terá de vir de baixo e ascender até o mais alto posto, pois no sentido inverso é praticamente impossível. A mudança deve começar nos municípios elegendo prefeitos e vereadores comprometidos e a partir daí ir avançando nos outros postos da nação, logo temos de começar em 2020 esta construção. Penso assim!!!
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